No início, os
computadores eram tidos apenas como "máquinas gigantes" que tornavam
possível a automatização de determinadas tarefas em instituições de
ensino/pesquisa, grandes empresas e nos meios governamentais. Com o avanço
tecnológico, tais máquinas começaram a perder espaço para equipamentos cada vez
menores, mais poderosos e mais confiáveis. Como se não bastasse, a evolução das
telecomunicações permitiu que, aos poucos, os computadores passassem a se
comunicar, mesmo estando em lugares muito distantes geograficamente.
Mas perceba que,
desde as máquinas mais remotas e modestas até os computadores mais recentes e
avançados, o trabalho com a informação sempre foi o centro de tudo. É
por isso que a expressão Tecnologia da Informação (TI) é tão
popular.
informação
A informação é
um patrimônio, é algo que possui valor. Quando digital, não se trata apenas de
um monte de bytes aglomerados, mas sim de um conjunto de dados classificados e
organizados de forma que uma pessoa, uma instituição de ensino, uma empresa ou
qualquer outra entidade possa utilizar em prol de algum objetivo.
Neste sentido, a
informação é tão importante que pode inclusive determinar a sobrevivência ou a
descontinuidade das atividades de um negócio, por exemplo. E não é difícil
entender o porquê. Basta pensar no que aconteceria se uma instituição
financeira perdesse todas as informações de seus clientes ou imaginar uma
pessoa ficando rica da noite para o dia por ter conseguido descobrir uma
informação valiosa analisando um grande volume de dados.
Diante de
tamanha relevância, grandes entidades investem pesado nos recursos necessários
para obter e manter as suas informações. É por isso que é extremamente raro ver
empresas como bancos, redes de lojas e companhias aéreas perdendo dados
essenciais ao negócio. Por outro lado, é bastante frequente o uso inadequado de
informações ou, ainda, a subutilização destas. É nesse ponto que a Tecnologia
da Informação pode ajudar.
Tecnologia da Informação
A Tecnologia da
Informação (TI) pode ser definida como o conjunto de todas as atividades e
soluções providas por recursos computacionais que visam permitir a obtenção, o
armazenamento, o acesso, o gerenciamento e o uso das informações. Na verdade,
as aplicações para TI são tantas - estão ligadas às mais diversas áreas - que
há várias definições para a expressão e nenhuma delas consegue determiná-la por
completo.
Sendo a
informação um patrimônio, um bem que agrega valor e dá sentido às atividades
que a utilizam, é necessário fazer uso de recursos de TI de maneira apropriada,
ou seja, é preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros meios que façam das
informações um diferencial. Além disso, é importante buscar soluções que tragam
resultados realmente relevantes, isto é, que permitam transformar as
informações em algo com valor maior, sem deixar de considerar o aspecto do
menor custo possível.
A questão é que
não existe "fórmula mágica" para determinar como utilizar da melhor
maneira as informações. Tudo depende da cultura, do mercado, do segmento e de
outros fatores relacionados ao negócio ou à atividade. As escolhas precisam ser
bem feitas, do contrário, gastos desnecessários ou, ainda, perda de desempenho
e competitividade podem ser a consequência.
Tome como base o
seguinte exemplo: se uma empresa renova seu parque de computadores comprando
máquinas com processadores velozes, muita memória e placa de vídeo 3D para
funcionários que apenas precisam utilizar a internet, trabalhar com pacotes de
escritório ou acessar a rede interna, está fazendo gastos desnecessários.
Comprar máquinas de boa qualidade não significa adquirir as mais caras e
sotisticadas, mas aquelas que possuem os recursos necessários.
Por outro lado,
imagine que uma companhia comprou computadores com GPUs de desempenho modesto e
monitor de 17 polegadas para profissionais que trabalham com AutoCAD. Para
estes funcionários, o ideal seria fornecer computadores que suportam aplicações
exigentes e um monitor de, pelo menos, 20 polegadas. Máquinas mais baratas
certamente conseguem rodar o programa AutoCAD, porém com lentidão. Além disso,
o monitor com área de visão menor dá mais trabalho aos profissionais. Neste
caso, percebe-se que a aquisição destes equipamentos reflete diretamente na
produtividade. Por este motivo, qualquer decisão relacionada à TI precisa levar
em conta as necessidades de cada setor, de cada departamento, de cada
atividade, de cada indivíduo.
Veja este outro
exemplo: uma empresa com 50 funcionários, cada um com um PC, adquiriu um
servidor para compartilhamento e armazenamento de arquivos em rede que suporta
500 usuários conectados ao mesmo tempo. Se a companhia não tiver expectativa de
aumentar seu quadro de funcionários, comprar um servidor deste porte é o mesmo
que adquirir um ônibus para uma família de 5 pessoas. Mas o problema não é
apenas este: se o referido servidor, por alguma razão, parar de funcionar, os
arquivos ficarão indisponíveis e certamente atrapalharão as atividades da
empresa.
Neste caso, não
seria melhor adquirir um servidor mais adequado às necessidades da companhia e
investir em recursos de disponibilidade para diminuir as chances de a rede
deixar de funcionar? Ou, talvez, estudar a possibilidade de contratar uma
solução baseada em computação
nas nuvens específica para este fim?
Com estes
exemplos, é possível ter uma pequena ideia do qual amplo é o universo da
Tecnologia da Informação. Independente da aplicação, há ainda vários outros
aspectos que devem ser considerados, por exemplo: segurança, disponibilidade,
comunicação, uso de sistemas adequados (eles realmente devem fazer o que foi
proposto), tecnologias (qual é a melhor para determinada finalidade),
legislação local e assim por diante.
O profissional de TI
As tarefas de
desenvolver, implementar e atualizar soluções computacionais cabem aos
profissionais de TI. Por causa de sua amplitude, a área é dividida em várias
especializações, tal como acontece com a medicina, por exemplo. Sendo assim,
pode-se encontrar profissionais de TI para cada um dos seguintes segmentos:
banco de dados, desenvolvimento, infraestrutura, redes, segurança, gestão de
recursos, entre outros.
Para cada uma
destas áreas, há subdivisões. Por exemplo, em desenvolvimento, há profissionais
que atuam apenas com softwares comerciais (como ERP), outros que trabalham apenas
com a criação de ferramentas para dispositivos móveis, outros que concentram
suas atividades na internet e assim por diante.
Via de regra,
interessados em seguir carreira na área de TI fazem cursos como ciência da computação,
engenharia da computação e sistemas de informação, mas há outros, inclusive
com foco mais técnico, como tecnologia em redes de computadores e tecnologia em
banco de dados, além de cerificações e cursos de pós-graduação para
profissionais já formados.
Quem precisa de TI?
Nos tempos
atuais, a sociedade como um todo. Hoje, a informatização atinge as mais
diversas áreas do conhecimento e está cada vez mais presente no cotidiano das
pessoas, mesmo quando elas não percebem.
Se você declara
imposto de renda, seus dados são processados por computadores do governo; se
você tira passaporte, suas informações ficam cadastradas em um banco de dados
da Polícia Federal (ou de outro órgão competente, de acordo com o país); se
você faz compras no mercado, passa pelo caixa, que dá baixa dos produtos no
sistema da empresa; para você usar o telefone, uma complexa rede de comunicação
controlada por computadores é utilizada. Enfim, exemplos não faltam.
A Tecnologia da
Informação, portanto, não é apenas sinônimo de modernidade. É, acima de tudo,
uma necessidade dos novos tempos, afinal, a informação sempre existiu, mas não
de maneira tão volumosa e aproveitável.
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