quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Acabando com a “Guerra do Volume na igreja”



Acabando com a “Guerra do Volume na igreja”












Desde que comecei a trabalhar com sonorização em igrejas, sempre vi uma “guerra” ser travada a cada culto e evento realizado. A “Guerra do Volume”.
Essa guerra, tão comum em qualquer igreja ou denominação, tem vários lados. Há o lado dos músicos, que querem cada vez mais e mais volume para seus instrumentos. Aliás, em geral eles só conhecem um lado do botão de volume: o que aumenta. Às vezes, chegam a competir entre si mesmos para ver quem toca mais alto! Parecem até que são surdos – e alguns são mesmo.
Apesar do problema envolver principalmente os músicos, há o lado dos membros do coral (os cantores). Eles também querem se ouvir e ouvir os instrumentos. Há ainda os membros da igreja, que em geral querem é que o som diminua, diminua, diminua. E até mesmo o lado dos vizinhos do templo, que reclamam e até telefonam para o Disque-Silêncio da Prefeitura Municipal.
No meio dessa batalha, em que uns querem que o volume aumente (de preferência, o “meu” volume, não o dos outros), e outros que desejam que a quantidade de som diminua, está o operador de áudio (o sonoplasta) da igreja.
Ser sonoplasta é estar no centro desse tiroteio. Se abaixar o volume, o público presente e os vizinhos gostam mas os instrumentistas reclamam. Se aumentar o volume de um único instrumentista, os outros músicos reclamam. Se o cantor solista errar o momento de iniciar um hino e dizer que “não ouviu o instrumento”, a culpa é do sonoplasta. Se o coral não conseguir “se ouvir” e errar, a culpa é do sonoplasta também. Se o vizinho reclamar, a culpa também é do operador de som. E os responsáveis pela igreja “pressionam” o pobre coitado para que todos esses problemas sejam resolvidos. Vida de operador de som é difícil…
Como em qualquer guerra, há vítimas. Quem nunca viu uma pessoa ficar “oprimida”, quase “furiosa” porque o seu volume estava baixo e não conseguia escutar nada? Músicos que até desistem de tocar porque reclamam que “não se ouvem”? Erros nos hinos porque “não deu para ouvir nada”. Vizinhos que, de tanto reclamar, vão à Justiça? Inimizades, discussões por causa de volume? E até sonoplastas que desistem de vez desse trabalho. Os casos são inúmeros, qualquer pessoa envolvida com Louvor sabe bem o que é isso.

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